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domingo, 31 de agosto de 2014

Guia para aplicação do BLW - tradução livre

Queridos leitores,


A seguir, disponibilizo a tradução livre do guia para a introdução de alimentação complementar guiada pelo bebê, proposto pela autora Gill Rapley.

A versão original e completa encontra-se disponível em inglês no site da autora (clique no link).

OBSERVAÇÃO: Ressalto que o conteúdo do guia é de única e exclusiva responsabilidade da autora e não existem conflitos de interesses com a publicação desta tradução livre. Ressalto também que o conteúdo é atual até a data de Junho de 2008 e quaisquer modificações de orientação após essa data devem ser investigadas e conduzidas.





Guia para implementação de uma abordagem de introdução de alimentos sólidos guiada pelo bebê (ultima revisão em Junho, 2008)

Autoria: Gill Rapley, 2008

Tradução livre: Aline Padovani, 2014



Introdução

Implementar o BLW requer um entendimento do porquê essa abordagem pode ser considerada lógica e segura. A primeira seção deste guia explica a fundamentação lógica, destacando os princípios que apoiam o método e a última seção nos dá uma listagem dos pontos-chave. Seguir esse guia irá maximizar as chances do bebê e seus pais aproveitarem positivamente essa transição para a alimentação de sólidos, além de ajudar a garantir o bem estar do bebê.

A MAIORIA dos bebês estará pronta para começar a experimentar alimentos sólidos por volta dos seis meses de idade. Pais de bebês nascidos pré-termo (menos que 38 semanas de gestação) ou bebês que tem QUALQUER condição que possa afetar sua habilidade de ou lidar com o alimento de maneira segura ou de digerir uma série de nutrientes, são instruídos a procurarem um profissional de saúde ANTES de oferecerem alimentos sólidos ao seu bebê, e ANTES de decidirem utilizar o BLW como único método de oferta.


Fundamentação lógica

1. Amamentação como base para a alimentação independente

A amamentação exclusiva é recomendada nos primeiros seis meses de vida. É a preparação ideal para a alimentação de sólidos de maneira independente. Bebês amamentados alimentam-se no seu próprio tempo - e de fato, é impossível forçá-los a fazer qualquer outra coisa! Eles também controlam sua própria ingestão, escolhendo a duração de cada mamada. E, considerando que o sabor do leite materno modifica-se de acordo com a dieta da mãe, a amamentação prepara o bebê para novos sabores.

Bebês normais e saudáveis, quando amamentados, aparentam ser bem capazes de guiar sua própria introdução aos alimentos sólidos, se forem apropriadamente incentivados por seus pais. Entretanto, apesar da amamentação ser base da metodologia do BLW, muitos pais cujos bebês são alimentados com fórmula também acharam que o método funciona perfeitamente para eles também. A única diferença significante é que é essencial garantir que sejamoferecidas outras bebidas além de leite para o bebê alimentado com fórmula.


2. Entendendo a motivação do bebê

O BLW oferece ao bebê a oportunidade de descobrir outros alimentos como parte da descoberta do mundo ao seu redor. O bebê utiliza seu desejo em explorar e experienciar, além de praticar a imitação das atividades de outros. Permitindo ao bebê que ele determine o ritmo de cada refeição, e mantendo a ênfase na exploração e brincadeira mais do que na alimentação prapriamente dita, permitimos que a transição para a alimentação de sólidos seja feita de forma mais natural possível. Isso porque o que vai motivar o bebê a realizar essa transição será a curiosidade e não a fome.

Não há razões para coincidir os horários das refeições com os horários da amamentação. De fato, pensar na amamentação e na alimentação de sólidos como duas atividades distintas irá tornar a abordagem mais tranquila e prazerosa para ambos pais e bebê.


3. Ele não irá engasgar?

Muitos pais preocupam-se com o engasgo. Entretanto, existem boas razões para acreditar que bebês tem MENOR risco de engasgar se eles estão no controle do que colocam em sua própria boca do que quando eles são alimentados com uma colher. Isto porque bebês não são capazes de, intencionalmente, movimentar o alimento para o fundo da boca até que eles desenvolvam a habilidade de mastigar. E eles não desenvolvem a habilidade de mastigação até desenvolverem a habilidade de alcançar e pegar coisas. A habilidade de pegar coisas bem pequenas desenvolve-se posteriormente. Desta forma, um bebê mais novo não consegue colocar-se em risco porque simplesmente  ele não consegue capturar pequenos pedaços de alimento para colocá-lo na boca. Com a colher, entretanto, encorajamos o bebê a sugar o alimento para o fundo da boca, aumentando potencialmente o risco de engasgo.

Aparentemente, o desenvolvimento geral do bebê acompanha a capacidade do bebê de manejar o alimento na boca e digerí-lo. Um bebê que está com dificuldade para colocar o alimento na boca, provavelmente não está pronto para isso. É importante resistir à tentação de "ajudar" o bebê nestas cirscunstâncias, visto que suas habilidades adquiridas durante o desenvolvimento irão garantir que a transição para a alimentação sólida aconteça no momento certo, com risco mínimo de engasgo.

Virar o bebê de bruços ou deitá-lo durante a oferta de sólidos é muito perigoso. Um bebê que está mexendo com a comida deve sempre estar posicionado sentado e ereto. Essa posição garante que o alimento que ele não é capaz, ou que não quer engolir, irá cair de sua boca.

Adotar uma abordagem guiada pelo bebê não significa abandonar todas as regras de segurança de senso comum. Embora seja muito improvável que um bebê mais novo consiga pegar um amendoim, acidentes podem e raramente irão acontecer - seja qual for a maneira de oferta. As regras normais de segurança durante a alimentação e brincadeira devem ser seguidas da mesma forma.


4. Garantindo nutrição adequada

Bebês que tem a oportunidade de alimentar-se sozinhos aparentemente aceitam uma maior variedade de alimentos. Isto porque eles provavelmente tem mais do que apenas o sabor do alimento para se concentrar durante a hora da refeição - eles também estão experimentando textura, cor, tamanho e forma. Adicionalmente, oferecer os alimentos separadamente, ou de uma forma que permita que o bebê os separe, possibilita que eles aprendam sobre uma variedadae de texturas e sabores. E permitindo que eles deixem de lado aquilo que eles parecem não gostar, os encoraja a estar preparado para provar coisas novas.

Os princípios gerais de uma boa nutrição para crianças se aplicam igualmente para bebês que estão tomando conta da própria introdução aos sólidos. Assim, fast food e alimentos com adição de açúcar e/ou sal devem ser evitados. Por outro lado, uma vez que o bebê é maior de seis meses de idade, não há necessidade de restringir os alimentos que podem ser oferecidos ao bebê (a menos que exista histórico familiar de alergias ou suspeita de alterações no sistema digestivo). Idealmente, ofereça frutas e vegetais, e alimentos mais duros devem ser levemente cozidos para que fiquem macios o suficiente para serem mastigados. Inicialmente, é melhor oferecer as carnes em pedaços grandes, para serem explorados e sugados. Uma vez que o bebê é capaz de pegar e soltar pedaços pequenos de comida, as carnes desfiadas/moídas funcionam bem. (Observação: bebês não precisam de dentes para morder e mastigar - as gengivas fazem um ótimo trabalho!)

Não há necessidade de cortar alimentos em pedaços pequenos. Na verdade, isso vai fazer a tarefa mais difícil para bebês menores. Um bom guia para o tamanho e forma necessária é o tamanho do punho do bebê, com um importante fator para se ter em mente: bebês pequenos não conseguem abrir o punho intencionalmente. Isso significa que eles tem melhor desempenho com o que tem forma de batata-frita ou tem uma "alça" (como o cabo do brócolis, por exemplo). Eles então podem mastigar o pedaço que está saindo para fora do punho fechado e soltar o restante depois - geralmente enquanto eles estão tentando pegar o próximo pedaço que parece mais interessante. Conforme suas habilidades são adquiridas, menos comida será desperdiçada.


5. E sobre as bebidas?

A produção da porção gordurosa do leite materno aumenta durante a mamada. Um bebê amamentado do peito reconhece a mudança e consegue controlar sua própria ingestão. Se ele quiser beber líquido, ele tende a mamar por um curto período, provavelmente de ambos seios, enquanto que, se ele está com fome, irá mamar por tempo maior. Este é o motivo pelo qual bebês que mamam no peito em livre demanda não precisam de outros líquidos, mesmo no calor.

Esse princípio pode ser trabalhado durante o período de transição para os alimentos que a família come, caso o bebê ainda esteja sendo amamentado em livre demanda. Um copo de água pode ser oferecido com as refeições como parte da oportunidade para exploração, mas não há necessidade de ficar preocupado se o bebê não ingere nada.

Bebês que tomam fórmula, por sua vez, precisam de uma abordagem ligeiramente diferenciada, visto que a fórmula tem a mesma consistência durante toda a mamada e portanto não sacia a sede. Oferecer água em intervalos regulares uma vez que o bebê está comendo pequenas quantidades de alimento é tudo que o bebê precisa para garantir uma adequada ingestão de líquidos.

A amamentação prolongada em livre demanda durante o período de introdução à alimentação complementar ainda tem a vantagem de permitir ao bebê decidir como e quando interromper sua ingestão de leite. Como ele está comendo mais durante as refeições, ele vai progressivamente "esquecendo" de pedir pela mamada, ou vai mamar menos por vez. Não há necessidade da mãe tomar decisões pelo bebê.



SIM NÃO do Baby Led Weaning

1. SIM - Ofereça ao seu bebê a chance de participar em qualquer momento em que alguém da família esteja comendo. Você pode começar assim que o bebê mostrar interesse em observá-lo comendo, embora ele seja incapaz de colocar alimentos em sua própria boca até completar 6 meses de idade. 

2. SIM - Assegure que seu bebê está apoiado em posição vertical quando ele estiver experimentando alimentos. Nos primeiros dias, você pode colocá-lo sentado em seu colo, olhando para a mesa. A habilidade para pegar alimentos com as mãos praticamente coincide com a maturidade para sentar-se com mínimo apoio em um cadeirão. 

3. SIM - Inicie oferecendo alimentos do tamanho do punho do bebê, preferencialmente em formato de batata-frita (ou com uma haste). Assim que possível - e considerando o que eles podem ou não comer - ofereça ao bebê os mesmo alimentos que você está comendo, assim ele irá sentir-se fazendo parte do que está acontecendo.

4. SIM - Ofereça ao bebê uma variedade de alimentos. Não há necessidade de limitar a experiência com alimentos.

5. NÃO - Não apresse seu bebê. Permita a ele dirigir o ritmo do que ele está fazendo. Em particular, não fique tentado a "ajudá-lo" colocando coisas em sua boca.

6. NÃO - Não espere que seu bebê engula alimentos nas primeiras poucas tentativas. Uma vez que ele descobrir que esses "brinquedos" são gostosos, ele irá começar a mastigar e, posteriormente, engolir. 

7. NÃO - Não espere que um bebê pequeno coma TODOS os pedaços de alimento oferecidos, logo de início - lembre-se que ele ainda não desenvolveu a habilidade de pegar o alimento que está dentro de seu punho (só o que ficou aparecendo pra fora).

8. SIM - Tente oferecer alimentos que foram rejeitados em um outro momento. Os bebês geralmente mudam de ideia e posteriormente aceitam alimentos que inicialmente haviam rejeitado.

9. NÃO - Absolutamente NUNCA deixe seu bebê sozinho com a comida. 

10. NÃO - Não ofereça alimentos que são obviamente perigosos, como qualquer tipo de castanha/amendoim.

11. NÃO - Não ofereça fast-food, refeições prontas ou alimentos com adição de sal/açúcar.

12. SIM - Ofereça água com um copo, mas não se preocupe se seu bebê não se interessar no início. Um bebê ainda amamentado no peito, em particular, tende a continuar a querer saciar a sede no seio materno por certo tempo.

13. SIM - Prepare-se para a bagunça! Um plástico no chão, embaixo do cadeirão, irá proteger seu tapete/carpete e facilitar a limpeza. Também irá permitir que você coloque de volta na bandeja alimentos que forem derrubados, de forma que haja menos desperdício (Você irá se surpreender positivamente no quão rápido os bebês aprendem a comer bagunçando menos).

14. SIM - Continue a permitir que seu bebê receba leite materno quando quiser, e o quanto quiser. Espere mudanças no padrão de amamentação quando ele começar a comer mais sólidos. 

15. SIM - Se você tem história familiar de intolerância a qualquer tipo de alimento, alergias ou quaisquer problemas digestivos (como refluxo, por exemplo), DISCUTA O MÉTODO com o pediatra antes de iniciar.

16. SIM - E, por último, permita-se aproveitar vendo o seu bebê aprender sobre comida - e desenvolver habilidades manuais e orais com o processo!



Fonte:

Rapley, G. Guia para implementação de uma abordagem de introdução de alimentos sólidos guiada pelo bebê. 2008. Disponível em: www.rapleyweaning.com. Último acesso: 31/08/2014.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Maternidade baseada em evidências - o que se sabe sobre o BLW

Antes de pensar em aplicar o método no filhote, fui pesquisar mais a fundo sobre o método. Encontrei alguns artigos disponíveis online e aos poucos vou compartilhando os achados destas pesquisas aqui no blog com vocês. 


Em suma, a descrição do método por Rapley foi baseado em estudo observacional. Mãe de três filhos, formada em saúde pública e atuando em puericultura, Rapley pôde observar como os bebês naturalmente pediam os sólidos por volta dos seis meses de idade, se lhes fossem dada a oportunidade. Observou, além disso, que a experiência de introdução de sólidos também tornava-se muito mais fácil e prazerosa para os pais. Finalmente, o projeto ganhou vida após as mudanças da recomendação da OMS para introdução de sólidos na dieta dos bebês apenas aos 6 meses - ao invés dos 4 meses, em 2003. 

Após a publicação do livro, em 2008, diversas pesquisas tiveram início, a fim de comprovar se o método era mesmo eficaz. Entretanto, até hoje não foi publicado nenhum estudo clínico, prospectivo, controlado, randomizado. Na prática, isso quer dizer que o método ainda não foi testado mais a fundo. O que não invalida sua teoria, já que a maior parte dos achados até o momento apontam resultados muito positivos. 

Entre alguns resultados, estudos apontam a redução do risco de obesidade infantil, menores indíces de massa corpórea (IMC), uma tendência a ter uma alimentação mais saudável (ressalta-se a redução do consumo de papas industrializadas, já que o bebê alimenta-se da "comida da casa"), menor dificuldade de alimentação, com importante redução das "lutas" para a criança comer. Por outro lado, ressalta-se que o método pode ser perigoso devido à exposição da criança ao maior risco de engasgo e da deficiência nutricional, já que, principamente no início, há mais desperdício do que ingestão propriamente dita.

Muitas pesquisas são retrospectivas, e a maioria é baseada em questionários subjetivos aplicados com mães que aderiram ao método baseando-se nas informações disponíveis no livro, em sites e em grupos nas redes sociais. Não há consenso para algumas questões, principalmente no que diz respeito a quais alimentos podem ou não ser oferecidos aos bebês e o quanto de ingesta seria necessário para garantir o aporte nutricional, ainda que o bebê receba o leite materno. Ressalto ainda que, mesmo que Rapley descreva o método em seu livro, muitas mães não tem acesso a esse conteúdo, pricipalmente no Brasil, pois não há o tradução para o português.


Vamos continuar conversando sobre a teoria por trás do método, mas aqui em casa já estou aplicando, a todo vapor! Se quiser acompanhar nossas peripécias, segue a gente no instagram! @tanahoradopapa



Um abraço!

Aline





Fonte:

www.rapleyweaning.com



O método BLW

A sigla BLW refere-se a "Baby Led Weaning", termo proposto por Gill Rapley em 2008, na publicação de seu primeiro livro "Baby Led Weaning: helping your baby to love good food". 

Embora a tradução de "weaning", no inglês americano, seja "desmame" - ou seja - interrupção da amamentação, dentro do contexto e de acordo com o significado britânico, a tradução mais apropriada para o termo é "introdução de alimentação complementar". Desta forma, em português, o termo BLW significa "Introdução de alimentação complementar guiada pelo bebê". 

Apesar de parecer complicado, o método nada mais é do que uma descrição de técnicas que algumas mães já vinham praticando há anos, utilizando apenas o velho bom-senso. Assim, descreve uma maneira simples de iniciar a alimentação complementar dos bebês, permitindo que eles se alimentem sozinhos - não há oferta de alimento com a colher e nem oferta de purês. O bebê é posicionado sentado junto com a família e participa da alimentação quando estiver pronto, alimentando-se independentemente com as próprias mãos e posteriormente, após a aquisição de habilidades necessárias, com os talheres. 

As principais vantagens do BLW:

- permite que os bebês explorem sabor, textura, cor e cheiro dos alimentos;
- encoraja independência e confiança;
- ajuda a desenvolver a coordenação visual-motora e as habilidades de mastigação;
- reduz a probabilidade das crianças virem a ter algum tipo de frescura com a comida, tornando menos frequentes as "batalhas" travadas na hora da refeição.

De acordo com a autora, todos os bebês SAUDÁVEIS podem começar a alimentar-se sozinhos a partir dos seis meses, eles só precisariam da oportunidade. Este tempo coincide com o que preconiza a Organização Mundial da Saúde em relação à amamentação exclusiva até os seis meses do bebê, e complementar até os dois anos de vida da criança (ou mais).  

Segundo Rapley, o método considera o modo de desenvolvimento dos bebês no primeiro ano de vida, sendo que aos seis meses a MAIORIA dos bebês é capaz de sentar-se ereto, pegar objetos com as mãos e levá-los à boca e mastigar coisas, ainda que não tenham dentes. O que faz bastante sentido também, já que antes da resolução de 2003, a OMS antigamente preconizava a introdução de alimentos a partir dos 4 meses de idade. Assim, fazia-se necessário iniciar com purês, pois o bebê, aos quatro meses, não tem maturidade - nem do ponto de vista motor, nem do ponto de vista fisiológico - para receber alimentos na forma sólida. Intuitivamente, segundo a experiência da própria autora, aos seis meses, as mães costumavam iniciar a introdução de sólidos.



Nos próximos posts vamos discutir mais sobre o que tem se falado sobre o BLW na comunidade científica, minha experiência - como mãe e fonoaudióloga - com o método, e outras ideias que forem surgindo no caminho!

Espero que estejam gostando!



Aline


PS: Aproveita pra seguir a gente no Instagram! @tanahoradopapa




Fontes:

The Baby Led Weaning Blog - http://www.babyledweaning.com
The Rapley Weaning Leaflet - http://www.rapleyweaning.com/assets/blwleaflet.pdf


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Muito prazer!

Antes de tudo, muito prazer!

Esse blog tem o intuito de ajudar as mamães e papais Brasil afora, compartilhando minhas experiências, meus conhecimentos técnico-científicos e meu conhecimento de mundo! 

Sou fonoaudióloga, formada pela USP em 2004 e especializada nos estudos dos distúrbios da deglutição. Em 2010, conclui o mestrado pela mesma universidade, dissertando sobre o tema "introdução alimentar em pacientes disfágicos".(http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-19042010-110604/pt-br.php)

Passei 3 anos morando em Sydney, Australia, com meu marido e logo que voltei para o Brasil fui presenteada com o meu maior tesouro, o Nícolas, que nasceu em fevereiro de 2014. 

E cá estou eu, pensando novamente em introdução alimentar, mas nesse caso, de uma criança absolutamente saudável e em pleno pico de desenvolvimento sensório-motor. 

Foram todas as minhas pesquisas sobre o tema e a possibilidade de poder estar presente em todos os momentos dessa deliciosa interação mãe-bebê que me fizeram criar este blog, pra poder dividir e quem sabe poder levar as discussões atuais sobre os diferentes modelos de introdução alimentar para um outro nível de discussão.

Minha intenção é compartilhar minhas experiências pessoais e discutir os achados científicos disponíveis atualmente na literatura.

Mi casa, su casa.

Sejam bem vindxs!

beijos,

Aline